La ley Maria da Penha: una política pública brasileña para combatir la desigualdad de género

Contenido principal del artículo

Eliane Vieira Lacerda Almeida
http://orcid.org/0000-0001-5719-2072
Felipe de Moraes Borba
http://orcid.org/0000-0001-8396-7548

Resumen

En Brasil, la Ley no. 11.340 de 2006, conocida popularmente como Ley Maria da Penha, tiene como objetivo educar a la sociedad acerca de la violencia doméstica y familiar contra las mujeres, además de combatirla y prevenirla. El objetivo de esta investigación es ubicar la referida ley en el campo de las políticas públicas brasileñas. La metodología utilizada fue cualitativa de carácter básico descriptivo. El procedimiento adoptado fue una revisión bibliográfica acerca de la violencia intrafamiliar, políticas públicas y de género, así como una investigación documental de la legislación pertinente. En 1983, Maria da Penha Maia Fernandes sufrió dos intentos de homicidio por parte de su pareja; con el apoyo de movimientos feministas, remitió una denuncia a la Comisión Interamericana de Derechos Humanos, dando a conocer internacionalmente la violencia que estaba siendo perpetrada por el Estado brasileño. Su lucha fue fundamental para el reconocimiento público de los derechos de las mujeres.

Detalles del artículo

Cómo citar
Lacerda Almeida, E. V., & de Moraes Borba, F. (2022). La ley Maria da Penha: una política pública brasileña para combatir la desigualdad de género. Debate Feminista, 64, 144–165. https://doi.org/10.22201/cieg.2594066xe.2022.64.2355
Sección
Artículos
Biografía del autor/a

Eliane Vieira Lacerda Almeida, Observatorio de Desarrollo Económico y Social de Baixada Fluminense de la Universidad Federal del Estado de Rio de Janeiro, Brasil

Investigadora en Observatorio de Desarrollo Económico y Social de Baixada Fluminense de la Universidad Federal del Estado de Rio de Janeiro. Estudiante de doctorado en el Programa de Posgrado en Estudios Interdisciplinarios sobre Mujer, Género y Feminismo de la Universidad Federal de Bahía, Brasil. Magíster en Derecho de la Universidad Federal del Estado de Rio de Janeiro. Líneas de investigación: Derecho y Género.

Felipe de Moraes Borba, Centro de Ciencias Jurídicas y Políticas, Facultad de Ciencias Políticas de la Universidad Federal del Estado de Rio de Janeiro, Brasil

Profesor de la Universidad Federal del Estado de Rio de Janeiro, Centro de Ciencias Jurídicas y Políticas, Facultad de Ciencias Políticas. Postdoctoral en la Universidad Estatal de Rio de Janeiro, UERJ, Brasil. Líneas de investigación: Derecho electoral y ciencia política.

PLUMX Metrics

Citas

Abdala, Claudia, Silveira, Kátia e Minayo, Maria Celília de Souza. (2011). Aplicação da Lei Maria da Penha nas delegacias de mulheres: O caso do Rio de Janeiro. DILEMAS: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, 4(4), 571-600. Recuperado o 4 de março de 2021 de https://revistas.ufrj.br/index.php/dilemas/article/view/7268
Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. (2015). Decreto nº. 23.769, de 6 de agosto de 1985. Cria a Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher. Diário Oficial do Poder Executivo, São Paulo, p. 8. Recuperado o 14 de julho de 2021 de https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/1985/decreto-23769-06.08.1985.html
Bandeira, Lourdes Maria e Almeida, Tânia Mara Campos de. (2013). A Transversalidade de gênero nas políticas públicas. Revista do Ceam, 2(1), 35-46. Recuperado o 3 de março de 2021 de https://periodicos.unb.br/index.php/revistadoceam/article/view/10075
Biroli, Flávia. (2018). Gênero e desigualdades – Limites da democracia no Brasil. São Paulo: Boitempo.
Braga, Mónica Fernández. (2020). Ideología, hegemonía y comunidad: la rebelión de las mujeres como una lucha incesante entre la política y lo político. Em Carolina Pereira Lins Mesquita, Juliana Teixeira Esteves e Nathália Lipovetsky (orgs.). Feminismo & Deuda/Feminismo & Dívida (pp. 228-248). Nápoles/Potenza: La Città del Sole Edizioni.
Butler, Judith. (2003). Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira.
Câmara dos Deputados. (1984). Decreto nº. 89.460, de 20 de março de 1984. Promulga a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher, 1979. Diário Oficial da União, Brasília, p. 4018. Recuperado o 15 de julho de 2021 de https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1980-1987/decreto-89460-20-marco-1984-439601-publicacaooriginal-1-pe.html
Campos, Carmen Hein de. (2017). Lei Maria da Penha: necessidade de um novo giro paradigmático. Revista Brasileira de Segurança Pública, 11(1), 10-22.
Carvalho, Henrique Rabello de. (2018). Gênero, poder judiciário e mulheres transexuais e travestis: Lei Maria da Penha e garantia de direitos. Em Luciana. Magno, Patricia Carlos Boiteux e Laize Benevidez (org.). Gênero, feminismos e sistemas de justiça. Rio de Janeiro: Freitas Bastos.
Conselho Nacional de Justiça (2017). Portaria nº. 15, de 08 de março de 2017. Institui a Política Judiciária Nacional de enfrentamento à violência contra as Mulheres no Poder Judiciário e dá outras providências. DJe/CNJ, 36, pp. 2-4. Recuperado o 14 de julho de 2021 de https://atos.cnj.jus.br/files/portaria/portaria_15_08032017_10032017184034.pdf
Crenshaw, Kimberlé. (2001). Background Paper for the Expert Meeting on Gender-Related Aspects of Race Discrimination. Los Angeles: University of California, Women’s International Coalition for Economic Justice.
Cruz, Juliana Lemes da. (2019). Política nacional de enfrentamento à violência contra as mulheres: reflexões associadas às iniciativas com Orçamentos Sensíveis a Gênero. Em Anais da IX Jornada Internacional de Políticas. Maranhão: Universidade Federal do Maranhão. Recuperado o 17 de janeiro de 2021 de http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinpp2019/images/trabalhos/trabalho_submissaoId_648_6485cbf9429625d3.pdf
Davis, Angela. (1981). Women, Race & Class. Nova York: Random House.
Farah, Marta Ferreira Santos. (2004). Gênero e políticas públicas. Revista Estudos Feministas, 12(1), 47-71. Recuperado o 15 de março de 2021 de https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/S0104-026X2004000100004
Fernandes, Maria da Penha Maia. (2012). Sobrevivi...: Posso Contar (2a ed.). Fortaleza: Armazém da Cultura.
Gargallo, Francesca. (2006). Ideas feministas latinoamericanas. Cidade do México: Historia de las Ideas.
Hooks, Bell. (1984). Feminist Theory: From Margin to Center. Cambridge, MA: South End Press.
Kingdon, John. (1984). Agendas, Alternatives and Public Policy. Boston: Little, Brown.
Lopes, Paulo Victor Leite e Leite, Fabiana. (2013). Atendimento a homens autores de violência doméstica: desafios à política pública. Rio de Janeiro: ISER.
Lotta, Gabriela. (2018). Burocracia. Redes sociais e interação: uma análise da implementação de políticas públicas. Revista de Sociologia e Política, 26(66), 145-173. Recuperado o 17 de julho de 2019 de https://www.scielo.br/j/rsocp/a/fFjG3WhWqRWFnnmNKRn63Kp/abstract/?lang=pt
Martins, Ana Paula Antunes, Cerqueira, Daniel e Matos, Mariana Vieira Martins. (2015). A institucionalização das políticas públicas de enfrentamento à violência contra as mulheres no Brasil (versão preliminar). Brasília, IPEA. Recuperado o 15 de fevereiro de 2021 de http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/nota_tecnica/150302_nt_diest_13.pdf
Miguel, Luis Felipe e Biroli, Flavia. (2014). Feminismo e Política. São Paulo: Boitempo, Arquivo Kindle.
Moore, Henrietta. (1997). Compreendendo sexo e gênero. Do original em inglês: “Understanding Sex and Gender”, Em Tim Ingold (ed.), Companion Encyclopedia of Anthropology, Tradução de Júlio Assis Simões (pp. 813-830). Londres: Routledge.
Moraes, Aparecida Fonseca e Ribeiro, Letícia. (2012). As políticas de combate à violência contra a mulher no Brasil e a “responsabilização” dos “homens autores de violência”. Sexualidad, Salud y Sociedad, 11(1), 37-58. Recuperado o 4 de março de 2021 de https://www.scielo.br/j/sess/a/CHMsr4thgHMywYGnwWpWzhf/?lang=pt
Oakley, Ann. (2016). Sexo e gênero. Revista Feminismos, 4(1), 64-71. Recuperado o 02 de outubro de 2021 de https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/30206
Pasinato, Wânia. (2010). Lei Maria da Penha. Novas abordagens sobre velhas propostas. Onde avançamos? Civitas - Revista de Ciências Sociais, 10(2), 216-232. Recuperado o 10 de março de 2021 de https://www.redalyc.org/pdf/742/74221650004.pdf
Pasinato, Wânia. (2015). Oito anos da lei Maria da Penha. Entre avanços, obstáculos e desafios. Estudos Feministas, 23(2), 533-545. Recuperado o 10 de março de 2021 de https://www.scielo.br/pdf/ref/v23n2/0104-026X-ref-23-02-00533.pdf
Presidência da República (1995). Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995. Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, p. 15033. Recuperado o 15 de julho de 2021 de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9099.htm
Presidência da República. (2004). Decreto nº 5.030 de 31 de março de 2004. Institui o Grupo de Trabalho Interministerial para elaborar proposta de medida legislativa e outros instrumentos para coibir a violência doméstica contra a mulher, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, p. 7. Recuperado o 15 de julho de 2021 de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5030.htm
Presidência da República. (2008). Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, p. 1. Recuperado o 15 de julho de 2021 de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm
Rubin, Gayle. (1994). Thinking Sex: Notes for a Radical Theory of the Politics of Sexuality [1984]. Em Henry Abelove, Michèle Barale e David Halperin (eds.). The Lesbian and Gay Studies Reader. Nova York: Routledge.
Saffioti, Heleieth. (1987). O Poder do Macho. São Paulo: Moderna.
Saffioti, Heleieth e Almeida, Suely Souza de. (1995). Violência de Gênero: Poder e Impotência. Rio de Janeiro: Revinter.
Scott, Joan Wallach. (1990). Gênero: uma categoria útil para a análise histórica. Educação e Realidade,16(2), 5-22.
Secretaria de Políticas para as Mulheres. (2011). Política Nacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres. Brasília. Recuperado o 27 de julho de 2021 de https://www12.senado.leg.br/institucional/omv/entenda-a-violencia/pdfs/politica-nacional-de-enfrentamento-a-violencia-contra-as-mulheres
Secretaria de Políticas para as Mulheres e Presidência da República. (2011). Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. Brasília, 2011b. Recuperado o 27 de julho de 2021 de https://www12.senado.leg.br/institucional/omv/entenda-a-violencia/pdfs/rede-de-enfrentamento-a-violencia-contra-as-mulheres
Secretaria Especial de Políticas para Mulheres. (2011). Rede Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. Brasília. Recuperado o 27 de março de 2021 de http://www.spm.gov.br/publicacoes-teste/publicacoes/2011/rede-de-enfrentamento
Secchi, Leonardo. (2013). Políticas Públicas: conceitos, esquemas de análise, casos práticos. (2a ed.). São Paulo: Cengage Learning.
Sciammarella, Ana Paula de Oliveira e Fragale Filho, Roberto. (2015). (Des)constituindo gênero no poder judiciário. Ex aequo, 31(1), 45-60. Recuperado o 10 de junho de 2019 de http://www.scielo.mec.pt/pdf/aeq/n31/n31a05.pdf
Soares, Maria Cidney da Silva, Silva, Geane, Medeiros, Cláudia Maria Ramos, Dias, Maria Djair e Moura, Jaquelline Pereira (2013). Significados da Lei Maria da Penha para Mulheres Vítimas de Violência Doméstica. RBDC, 21(1), 23-34.
Souza, Celina. (2007). Estado da arte da pesquisa em políticas públicas. Em G. Hochman, M. Arretche e E. Marques (orgs.). Políticas públicas no Brasil. (pp. 65-85). Rio de Janeiro: Editora Fiocruz.
Souza, Celina (2017). Coordenação de políticas públicas. Brasília: Enap.
Subchefia de Assuntos Parlamentares (2004). EM nº. 016 – SPM/PR. Brasília. Recuperado o 27 de julho de 2019 de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/projetos/expmotiv/smp/2004/16.htm
Zanello, Valeska. (2018). Saúde mental, gênero e dispositivo – Cultura e processos de subjetivação. Curitiba: Appris.