El florecimiento de nuevas Margaritas: agroecología, educación y salud

Contenido principal del artículo

Letiane de Souza Machado
http://orcid.org/0000-0002-2054-3278
Edna Linhares Garcia
http://orcid.org/0000-0002-9542-6340
Analídia Rodolpho Petry
http://orcid.org/0000-0002-8995-0138

Resumen

Resumo: Objetivou-se analisar, nas narrativas de jovens agricultoras agroecológicas, a influência da educação rural e da agroecologia nas transformações geracionais das relações de gênero. Foram entrevistadas 5 jovens mulheres do Vale do Rio Pardo, Rio Grande do Sul, Brasil. As falas apontam o reconhecimento das mulheres como pioneiras da produção orgânica, a qual mesmo não nomeada, sempre foi uma prática de cuidado e de autonomia transmitida de forma transgeracional. A educação rural, em especial quando relacionada pela agroecologia, abriu um espaço de questionamento e contribuiu no processo de emancipação e transformação dos modos de vida da mulher rural. Essa nova geração de mulheres tensiona as relações de gênero culturalmente estabelecidas, se autoreconhecendo como potentes agentes de mudança em busca da equidade de gênero.

Detalles del artículo

Cómo citar
de Souza Machado, L., Linhares Garcia, E., & Petry, A. R. (2022). El florecimiento de nuevas Margaritas: agroecología, educación y salud. Debate Feminista, 64, 80–100. https://doi.org/10.22201/cieg.2594066xe.2022.64.2304
Sección
Artículos
Biografía del autor/a

Letiane de Souza Machado, Grupo de Estudos e Pesquisa em Saúde (UNISC), Santa Cruz do Sul / RS, Brasil

Mestra pelo Programa de Pós-graduação em Promoção da Saúde da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), Santa Cruz do Sul, RS, Brasil.
Mestra em Promoção da Saúde pela Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC (2021), Linha de pesquisa: Estilo de vida e saúde da família, do escolar e do trabalhador. Especialista em Terapia Intensiva pela Universidade de Ciências da Saúde de Porto Alegre - UFCSPA (2019). Nutricionista graduada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS (2015). Atualmente integra o GEPS – Grupo de Estudos e Pesquisa em Saúde (UNISC), realizando pesquisas na área do feminismo, agroecologia e promoção da saúde.

Edna Linhares Garcia, Programa de Pós-graduação Mestrado e Doutorado em Promoção da Saúde e do Programa de Pós-graduação Mestrado Profissional em Psicologia - Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), Santa Cruz do Sul, RS, Brasil

Docente do Programa de Pós-graduação Mestrado e Doutorado em Promoção da Saúde e do Programa de Pós-graduação Mestrado Profissional em Psicologia - Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), Santa Cruz do Sul, RS, Brasil.
Doutora em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2000). Mestra em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1991). Graduada em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará (1985). Atualmente é professora e pesquisadora do Departamento de Ciências da Saúde e das Pós-graduações em Promoção da Saúde e Mestrado Profissional em Psicologia da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC).

Analídia Rodolpho Petry, Programa de Pós-graduação Mestrado e Doutorado em Promoção da Saúde e do Departamento de Ciências da Saúde da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), Santa Cruz do Sul, RS, Brasil

Docente do Programa de Pós-graduação Mestrado e Doutorado em Promoção da Saúde e do Departamento de Ciências da Saúde da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), Santa Cruz do Sul, RS, Brasil.
Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2011), com doutorado em sanduíche na Manchester Metropolitan University, Inglaterra. Mestra em Desenvolvimento Regional pela Universidade de Santa Cruz do Sul (1999). Graduada em Enfermagem e Obstetrícia pela Fundação Educacional do Alto Uruguai Catarinense (1986). Atualmente é professora assistente da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC).

PLUMX Metrics

Citas

Altieri, Miguel A. e Nicholls, Clara Inés. (2020). Agroecology and the emergence of a post COVID-19 agriculture. Agriculture and Human Values, 37, 525-526. Recuperado o 8 de avril de 2021 de .
Antonio, Gisele Damian, Tesser, Charles Dalcanale e Moretti-Pires, Rodrigo Otávio. (2013). Contribuições das plantas medicinais para o cuidado e a promoção da saúde na atenção primária. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, Botucatu, 17, 615-633. Recuperado o 20 de julho de 2021 de .
Barros, Nelson Filice de, Siegel, Pâmela e Simoni, Carmen de. (2007). Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS: passos para o pluralismo na saúde. Cadernos de Saúde Pública, 23(12), 3066-3067. Recuperado o 20 de julho de 2021 de .
Bernardo, Marina Augusta Tauil, Costa, João, Pozzebon, Adair e Schmitz, José. (2020). Um banho de agroecologia no Vale do Rio Pardo–RS, Memorias del Congresso Brasileiro de Agroecologia, São Cristóvão, SE, Brasil. Recuperado o 20 de julho de 2021 de.
Bertoncello, Andressa, Badalotti, Rosana Maria e Kleba, Maria Elisabeth. (2018). Saúde e Mulheres Camponesas em Movimento: o protagonismo do MMC na defesa da saúde pública. Saúde & Transformação Social, 9(1/2/3), 165-175. Recuperado o 20 de julho de 2021 de.
Braun, Virginia; Clarke, Victoria. (2006). Using thematic analysis in psychology. Qualitative research in psychology, 3(2), 77-101. Recuperado o 20 de julho de 2021 de .
Burg, Inês Claudete; Lovato, Paulo Emilio. (2007). Agricultura familiar, agroecologia e relações de gênero. Cadernos de Agroecologia, 2(1), 1522-1528. Recuperado o 20 de julho de 2021 de .
Butto, Andrea. (2009). Estatísticas rurais e a economia feminista: um olhar sobre o trabalho das mulheres. Brasília, Brasil: MDA. Recuperado o 20 de julho de 2021 de .
Calaça, Michela Katiuscia Alves dos Santos, Conte, Isaura Isabel e Cinelli, Catiane. (2018). Feminismo camponês e popular: uma história de construções coletivas. Revista Brasileira de Educação do Campo, 3(4), 1156-1183. Recuperado o 20 de julho de 2021 de .
Campos, Gastão Wagner de Sousa e Amaral, Márcia Aparecida do. (2007). A clínica ampliada e compartilhada, a gestão democrática e redes de atenção como referenciais teórico-operacionais para a reforma do hospital. Ciência Saúde Coletiva, 12(4), 849-859. Recuperado o 20 de julho de 2021 de .
Chehab, Isabelle Maria Campos Vasconcelos e Carvalho, Giovana Nobre. Feminismo camponês e popular: a voz que vem do campo. Revista Artemis, 29(1), 157-171. Recuperado o 20 de julho de 2021 de .
Conway, Gordon Richard. (1987). The properties of agroecosystems. Agricultural systems, 24(2), 95-117. Recuperado o 20 de julho de 2021 de .
Costa, João Paulo Reis e Etges, Virginia Elisabeta. (2016). Educação do Campo no Brasil–a experiência da Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul-EFASC. REDES: Revista do Desenvolvimento Regional, 21(3), 300-319. Recuperado o 20 de julho de 2021 de .
Costa, Maria de Graça, Dimenstein, Magda e Leite, Jáder (2020). Narrativas e feminismos em disputa na construção do conhecimento agroecológico no Brasil. Revista Pesquisas e Práticas Psicossociais, 15(4), 1-13. Recuperado o 12 de janeiro de 2022 de .
Federici, Silvia. (2019). O ponto zero da revolução: trabalho doméstico, reprodução e luta feminista. São Paulo: Editora Elefante.
Fleury-Teixeira, Paulo, Vaz, Fernando Antônio, Campos, Francisco Carlos Cardoso, Álvares, Juliana, Aguiar, Raphael e Oliveira, Vinícius de Araújo. (2008). Autonomia como categoria central no conceito de promoção de saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 13, 2115-2122. Recuperado o 20 de julho de 2021 de .
FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations), IFAD (International Fund for Agricultural Development), UNICEF (United Nations Children’s Fund), WFP (World Food Programme) e WHO (World Health Organization). (2020). The State of Food Security and Nutrition in the World 2020. Transforming food systems for affordable healthy diets. Roma: FAO. Recuperado o 20 de julho de 2021 de .
Freire, Paulo. (1987). Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro, Brasil: Paz e Terra.
Herrera, Karolyna Marin. (2019). A jornada interminável: a experiência no trabalho reprodutivo no cotidiano das mulheres rurais. Tese de Doutorado. Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil. Recuperado o 20 de julho de 2021 de .
Hirata, Helena e Kergoat, Danièle. (2007). Novas configurações da divisão sexual do trabalho. Cadernos de pesquisa, São Paulo, 37(132), 595-609. Recuperado o 20 de julho de 2021 de .
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). (2019). Censo Agro 2017: resultados definitivos. Rio de Janeiro: IBGE. Recuperado o 20 de julho de 2021 de .
Menéndez, Eduardo Luiz. (2003). Modelos de atención de los padecimientos: de exclusiones teóricas y articulaciones prácticas. Ciência & saúde coletiva, 8(1), 185-207. Recuperado o 20 de julho de 2021 de .
Moreira, Sarah Luiza de Souza. (2019). A contribuição da Marcha das Margaridas na construção das políticas públicas de agroecologia no Brasil. Dissertação de Mestrado. Universidade de Brasília, Brasil. Recuperado o 20 de julho de 2021 de .
MS (Ministério da Saúde). (2004). II Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional: relatório final. Olinda, Brasil: MS. Recuperado o 20 de julho de 2021 de .
MS (Ministério da Saúde). (2015). Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS - PNPIC-SUS. Brasília, Brasil: MS. Recuperado o 20 de julho de 2021 de .
Nitzke, Julio Alberto, Olivera, Florencia Cladera, Thys, Roberta Cruz Silveira Cruz, Fabiana Thomé e Martinelli, Sônia. (2016). 5th Food Safety and Security Symposium: food and health. Food Science and Technology, 36, 1-7. Recuperado o 20 de julho de 2021 de .
Santos, Débora Fragata dos e Zimmermann, Silvia Aparecida. (2019). O movimento de mulheres camponesas na construção do feminismo camponês popular: protagonismo feminino, práticas feministas e história de luta. Novos Rumos Sociológicos, 7(11), 269-299. Recuperado o 20 de julho de 2021 de .
Sardenberg, Cecília Maria Bacellar. (2006). Conceituando o empoderamento na perspectiva feminista. Memorial del Seminário Internacional Trilhas do Empoderamento de Mulheres, Salvador, Brasil. Recuperado o 20 de julho de 2021 de .
Sicard, Tomás Enrique León. (2009). Agroecología: desafíos de una ciencia en construcción. Agroecología, 4, 7-17. Recuperado o 20 de julho de 2021 de .
Siliprandi, Emma. (2015). Mulheres e agroecologia. Rio de Janeiro: UFRJ.
Souza, Mariana Barbosa de, Vergütz, Cristina Luisa Bencke e Costa, João Paulo Reis. (2017). A questão de gênero na Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul: um olhar sobre o estágio de vivência. Revista Interinstitucional Artes de Educar, 3(1), 104-118. Recuperado o 20 de julho de 2021 de .
Van Der Ploeg, Jan Douwe. (2014). Dez qualidades da agricultura familiar. Rio de Janeiro: AS-PTA. Recuperado o 20 de julho de 2021 de .
Vergütz, Cristina Luisa Bencke. (2013). Aprendizagens na pedagogia da alternância da Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul. Dissertação de Mestrado. Universidade de Santa Cruz do Sul, Brasil. Recuperado o 20 de julho de 2021 de .
Vinuto, Juliana. (2014). A amostragem em bola de neve na pesquisa qualitativa: um debate em aberto. Temáticas, 22(44), 203-220. Recuperado o 20 de julho de 2021 de .