Democracia, totalitarismo e progresso em O Conto da Aia: um nostálgico conto sobre a esperança?
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Resumo
Neste artigo, abordo a série televisiva O conto da Aia (The Handmaid's Tale) ––criada por Bruce Miller e baseada no romance de Margaret Atwood–– com o objetivo de mostrar seu poder crítico das narrativas do progresso para alertar sobre a fragilidade de nossas democracias e ––como Giorgio Agamben argumenta–– sua contiguidade com totalitarismos. No entanto, também examino a maneira como a terceira temporada parece apaziguar as críticas mencionadas por meio do desenvolvimento do que Fredric Jameson chama de nostalgia do presente. Da mesma forma, seguindo Mariela Solana, investigo os significados políticos de esperança e nostalgia como afetos cujos significados não podem ser estabelecidos a priori. Por fim, defendo que na série há uma estranha e perversa coexistência de duas formas de entender a nostalgia que explodem a dicotomia entre desejos que ––segundo Sara Ahmed–– nos redirecionam para formas sociais onde esperanças e desejos de mudança radical já foram colocados.
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