Geografia de género e espaços de encontro colonial: um novo olhar para as narrações de viagem
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Resumo
Os livros e as narrações de viagem oferecem um rico material para compreender a apropriac¸ão intelectual europeia do “Oriente”, que se constitui como parte e produto do vasto processo do colonialismo no qual a geografia era tão profundamente envolvida. Em particular, interessa-me resgatar do esquecimento as narrações escritas por mulheres viajantes exploradoras que também estão na base da formação de nossa disciplina. Este texto é dividido em duas partes: a primeira revisa os comentários críticos das ideias de Edward Said sobre o Orientalismo e a “Alteridade”; a segunda tem como foco Gertrude Bell e Isabelle Eberhardt, passageiras europeias no mundo árabe no início do século xx. A seleção se justifica na medida em que as duas lidam de uma forma distinta com a Alteridade (com maiúscula) que o mundo do Islã pressupunha para a Europa do seu tempo.
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